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Bernardo Loureiro Marques

Bernardo Loureiro Marques, nasceu em Silves, em 1898. Em 1918 inscreveu-se na Faculdade de Letras. Abandonou os estudos logo no 3.º ano e decidiu ser pintor.

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Bernardo Loureiro Marques, nasceu em Silves, em 1898.

Em 1918 inscreveu-se na Faculdade de Letras. Abandonou os estudos logo no 3.º ano e decidiu ser pintor. Realizou ilustrações e desenhos humorísticos nas revistas ABC e Ilustração Portuguesa. Em 1924, recebeu a primeira grande encomenda: uma obra para os painéis que haveriam de decorar o café A Brasileira, no Chiado.

Em 1929 viajou ao estrangeiro, a Berlim, onde o expressionismo satírico de Georges Grosz o impressionou particularmente. As obras que realizou a partir da década de 30 reflectem esta influência, revelando uma tentativa de crítica social impiedosa e mordaz. Estas obras foram pela primeira vez apresentadas ao público em 1930, no I Salão dos Independentes. No mesmo ano, participou também na II Exposição de Arte da Caixa do Sindicato dos Profissionais da Imprensa de Lisboa, e realiza os cenários para o filme «Ver e Amar», de Chianca de Garcia.

Durante toda a década de 40, trabalhou como ilustrador, publicitário, decorador, gráfico (de capas para inúmeros livros), autor de cenários e figurinos. Pintou também, nesta altura, os painéis que decoram o Círculo Eça de Queiroz, em Lisboa. Teve uma vida incansável, ganhando o necessário sustento no contexto medíocre de total ausência de mercado particular no Portugal da época. Trabalhou como director gráfico da revista Panorama, editada pelo Secretariado Nacional de Informação (SNI), e da revista Litoral (1944-45). Em 1947, assumiu a direcção de arte da Editorial Ática. A partir de 1948, dedicou-se mais ao desenho, concentrando-se nas vistas da cidade.

Em 1949, foi director da I Feira das Indústrias, e recebeu a encomenda das decorações do paquete Vera Cruz, a que se seguiria o Santa Maria, em 1951. No ano seguinte, expôs na Bienal Internacional Bianco e Nero, em Lugano, na Suíça. A partir daí a sua actividade plástica conheceu um novo vigor. Participou na Exposição de Vinte Artistas Contemporâneos, na Galeria de Março, em Lisboa. Adquiriu uma casa na região de Sintra, que se ajustava ao interesse que entretanto a paisagem adquirira na sua obra, e aí passou a ter atelier. Em 1954, a convite de Jaime Cortesão, participou com um grande painel na exposição comemorativa do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo, no Brasil. Em 1957, recebeu os prémios de aguarela e desenho na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian; participou também na segunda, em 1961. Neste mesmo ano, recebeu o prémio de pintura na III Exposição de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Almada. De 1959 a 1962, foi director artístico da revista Colóquio.

Faleceu em 1962 em Lisboa.

 

 

 

 

Bernardo Marques

Vista de Lisboa (Príncipe Real)  

Desenho a sépia sobre papel

Sepia Drawing on paper

225 mm x 295 mm

c. 1953

 

 

 

Fonte da imagem do artista: https://www.wikiart.org/en/bernardo-marques