António Dacosta
António Dacosta nasceu em 1914 em Angra do Heroísmo, nos Açores.
António Dacosta nasceu em 1914 em Angra do Heroísmo, nos Açores.
Em 1935, foi para Lisboa e frequentou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes. Foi responsável, juntamente com pintor português António Pedro e a escultora inglesa Pamela Boden, pela organização de uma exposição na Casa Repe, ao Chiado. Este evento é tido como um dos marcos do início do Surrealismo Português na Artes Plásticas.
A sua pintura apresenta, em traços gerais, um carácter dramático e violento, como se pode observar nas suas pinturas «Serenata Açorena» ou «Cena Aberta». Em 1942, ganhou o prémio Amadeo de Sousa Cardoso, com a obra «A Festa» que se destaca pelo seu cromatismo suave e por uma alegria sensível de flores e crianças. Dois anos depois, devido a um incêndio no seu Atelier, parte das obras desaparecem.
Em 1947, o pintor mudou-se para Paris, mas continuou a fazer parte da vida artística portuguesa; enviou, para a Exposição do Grupo Surrealista Português de 1947, duas obras.
No final da década de 40 abandonou a sua actividade de pintor e dedicou-se antes à crítica de arte, publicando em vários jornais («Diário Popular», «Estado de S. Paulo») e revistas especializadas. Recomeçou a pintar, pequenos formatos, por volta de 1975. A pintura dessa época caracteriza-se pela saudade (das ilhas açoreanas) que se materializa em pinturas de paisagens em composições simbólicas ou míticas, tanto figurativas como abstractas.
A partir de 1980, regressa à figuração, mas com carácter simbólico e místico, como paisagens e praias povoadas por animais, pessoas, ninfas e deuses.
Em 1988 foi-lhe dedicada uma retrospectiva no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian.
Faleceu em 2 de Dezembro de 1990.
António Dacosta
Sem título
Prémio AICA-MC, 1983
Aguarela sobre papel
Watercolor on paper
380 mm x 300 mm
c. 1947
Fonte da imagem do artista: https://philangra.blogspot.com/2014/05/antonio-dacosta.html