José Escada

José Escada nasceu em Lisboa, em 1934.

Frequentou a escola de Artes Visuais António Arroio e diplomou-se em Pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa. As suas primeiras exposições realizaram-se em 1954, no Centro Nacional de Cultura e na VII Exposição Geral de Artes Plásticas da Sociedade Nacional de Belas Artes. Nesse mesmo ano, participou na formação, juntamente com arquitectos e escultores, do MRAR – Movimento de Renovação da Arte Religiosa. É deste movimento as suas obras de integração arquitectónica do aqueduto das Águas Livres e da Igreja de Moscavide.

            Na década de 60 partiu para Paris com uma bolsa da Fundação Gulbenkian. Aí formou o grupo KWY, juntamente com Lourdes de Castro, René Bertholo, Costa Pinheiro, José Escada, Gonçalo Duarte, João Vieira, Christo e Jan Voss. O nome consiste na junção das três letras que não aparecem no alfabeto português e são as iniciais da expressão Ká Wamos Yndo. O grupo mantém-se até 1964 e Escada permanece ainda em Paris até 69.

            O pintor foi influenciado pela teoria e prática de Klee que definiu a obra de arte como resultado de uma elaboração fundamental, construída a partir de elementos formais e pictóricos puros, apoiada num grande domínio dos aspectos técnicos. Escada seguirá esta lição desenvolvendo pesquisas na área do desenho para um maior domínio da linha e das formas.

Retomou, mais tarde, à figuração, mas procurando formas arquetípicas que, uma vez repetidas, exploravam as potencialidades dos valores luminosos.

A partir de 1965, procurou novos materiais (folha de metal, acrílico) que dobrou e recortou para formar as figuras em jogos de luz e espaço, criando as pinturas-objecto.

Em 1979 realiza a sua última exposição na galeria São Mamede com obras que representam cenas do quotidiano da sua estada no sanatório para tuberculosos.

Faleceu em Lisboa, em 22 de Agosto de 1980.

Fonte da imagem do artista: https://br.pinterest.com/pin/689965605392683956/