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Imagem da Capa: Fotografia de Fernando Lemos, 1950

Maio - 2004

José-Augusto França 13ª Exposição Galeria dos Paços do Concelho

José-Augusto França nasceu em novembro de 1922 em Tomar

JOSÉ-AUGUSTO FRANÇA NASCEU EM NOVEMBRO DE 1922 EM TOMAR 

em família tomarense e com ela foi para Lisboa em 1923. 1934 - 41: curso do Liceu Gil Vicente. 1937 - 41: primeiras colaborações em “República”, “O Diabo”, etc.. 1941 - 44: curso de Ciências Histórico-Filosóficas, Fac. Letras. 1942: falecimento do pai. 1945: em Angola por negócios de família. 1946: 1º casamento, nascimento da filha Manuela; primeiras viagens a Paris e Madrid; primeiras críticas de arte em “Horizonte”. 1947 - 49: participação no Grupo Surrealista de Lisboa. 1948: com A. Pedro, fundação de “Companheiros do Pátio das Comédias”, teatro Apolo; editor do “Dicionário de Morais”, 12 vol. (até 59); orientação das “Terças-feiras Clássicas”, cinema Tivoli (até 55). 1949: Natureza Morta (romance); início de colaboração em “Seara Nova” (até 59: crítica de cinema, etc.), no “Diário de Lisboa” (até 90, arte, cinema, literatura). 1951: primeiras viagens a Itália, Alemanha, Inglaterra, etc.. 1952: cofundação e direção “Galeria de Março“ (até 54, 31 expos.); direção “Unicórnio” (até 56); codireção “Cadernos de Poesia” (até 53); início de colaboração em “O Comércio do Porto” (até 73). 1954 - 60: Charles Chaplin, le self-made-myth; Amadeo de Souza-Cardoso; Azazel (teatro); Despedida Breve (contos); Situação da Pintura Ocidental; Da Pintura Portuguesa; Dez Anos de Cinema. 1954 - 61: colaboração em “Imagem”. 1957: início colaboração em “Diário Popular” (até 78); em “Diário de Notícias” (até 59). 1959: primeira viagem ao Brasil; início de colaboração em “Colóquio” (até 96). 1959 - 62: direção de “Dicionário da Pintura Universal”. 1959 - 63: instalação em Paris, diploma Sociologia da Arte, Ecole P. Hautes Etudes; doutoramento em História, Sorbonne (dir. P. Francastel). 1960 - 92: admissão e congressos da Association Internacionale des Critiques d’ Art – AICA; eleito presidente (1985 - 88), pres. de honra (88); refundação da sua secção portuguesa (1964). 1960 - 67: críticas em “Art d’Aujourd’hui”, Paris; colaboração em “Les Cahiers du Cinema”, “Les Temps Modernes”, “Annales”, “Goya”, “O Estado de São Paulo”, “Colóquio”, etc.; início da rubrica “Cinemas de Paris” em “Diário de Lisboa” e “Jornal de Letras”. 1963: primeiras viagens a Estados Unidos e México. 1964 - 68: conferências na S. N. B. A. e criação do “Curso de Formação Artística”. 1965: Une ville des Lumières, la Lisbonne de Pombal. 1967: trabalhos de definição da área de preservação de Lisboa Pombalina e Lisboa Romântica (decretada em 1970); A Arte em Portugal no século XIX; Oito Ensaios sobre Arte Contemporânea. 1968 - 87: “Folhetins Artísticos” em “Diário de Lisboa” (ed. 2 vol. 1984 e 93). 1969: doutoramento de Estado, em Letras e Ciências Humanas, Sorbonne. 1969 - 70: direção de “Pintura & Não”. 1970: eleito para a Academia N. Belas-Artes (decano em 2001); direção “Colóquio/Artes” (até 96); eleito para o Comité International d’Histoire de l’Art (congressos até 92, eleito membro honorário); eleito para a Academie Européenne des Arts, Lettres et Sciences (v. pres., pres. honneur 2001), membro do Comité International pour la Liberté de la Culture; início de conferências em Espanha, França, Itália, Berlim, Estados Unidos, Brasil, etc.. 1971: Curso de conferências no Museu de Arte de S. Paulo (Brasil). 1972: 2º Casamento (Marie-Thérèse Mandroux-França); Arte e Sociedade Portuguesa no Século XX (4ª ed. 2000). 1973: exposição António Carneiro (F. C. G.). 1974: nomeado catedrático Univ. Nova de Lisboa, membro da Comissão Instaladora, decano da Faculdade de Ciências Humanas e fundação Depart. História da Arte (1976); A Arte em Portugal no século XX; Almada Negreiros, o Português sem Mestre; vereador da C. M. L. (até 75); pres. Centro Nacional de Cultura (até 78). 1975: Le Romantisme au Portugal; eleito para a Academia das Ciências e para a Academia Portuguesa de História (demitiu-se em 1990). 1976: nomeado pres. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (até 80); eleito pres. Academia N. Belas Artes (até 79); oficial Ordre National du Mérite (França), comendador Ordem do Rio Branco (Brasil) 1979: falecimento da mãe; expos. António Pedro (F. C. G.). 1981: Rafael Bordalo Pinheiro, o Português tal e qual; O Retrato na Arte Portuguesa; exp. “Os Anos 40 na Arte Portuguesa” (F. C. G.); pres. júri Prémio Nacional AICA/SEC (até 2000). 1983: exp. cinquentenário José Malhoa (S. N. B. A.). 1983 - 89: direção Centro Cultural Português da F. C. G., Paris; oficial da Ordem de Santiago da Espada, grande-oficial Ordem do Infante D. Henrique. 1985 - 87: prof. associado Univ. Paris III. 1985: viagem à Grécia. 1987: História da Arte Ocidental 1780 - 1980; exp. “Soleil et Ombres, l’Art Portugais do XIX siècle” (Petit Palais, Paris e Ajuda). 1988: eleito para World Academy of Art and Science e para o Ateneo Veneto; exp. “La Lisbonne de Pombal” (F. C. G. Paris). 1991: viagem ao Japão. 1992: jubilação na U. N. L.; grã-cruz Ordem da Instrução Pública; medalha de Honra da Cidade de Lisboa; exp. bibliográfica (F. C. G.); Os Anos Vinte em Portugal. 1993 - 2001: Tomar; Bosch ou o Visionário Integral; Museu Militar; (In)definições de Cultura; 28, Crónica de um percurso; Lisboa 1898; O Palácio de S. Bento; Memórias para o ano 2000; Monte Olivete, Minha Aldeia; Cem Quadros Portugueses no século XX. 1997: exp. “D. João VI e o seu tempo” (Ajuda e Rio de Janeiro). 1998: viagem a Goa; eleito para a Real Academia de Bellas Artes de San Fernando. 2000: início exposições Gal. Paços do Concelho, Tomar. 2001: nomeação no Comité du Patrimoine Mundial da Unesco. 2002 - 04: Buridan (romance); Regra de Três (romance); Cem cenas, quadros e contos; A Bela Angevina (romance); Novas cenas, quadros e contos; Lisboetas no século XX – anos 20, 40 e 60; História da Arte em Portugal (1750-2000), vol. V e VI. 2004: inauguração do Museu Municipal de Tomar – Núcleo de Arte Contemporânea (Maio).

 

 

 

«ERA TÃO DOCE UMA VERDADE...»

a José-Augusto França

 

Era tão doce uma verdade entressonhada!

 

Mas quando, em torno dela, já verdade,

as outras vinham como pétalas

e pouco e pouco eram também pétalas

de outras flores que também eram verdade

mas não entressonhada,

e uma rede florida se estendia

sobre o jardim ansioso da memória,

como era amargo entressonhar verdades!

 

Na teia tão florida os olhos se perdiam...

Da terra, um vago cheiro a coisa oculta...

E,

mergulhar no oculto,

ou desfolhar a teia?

 

JORGE DE SENA (in A Pedra Filosofal, 1948)

 

 

 

No essencial, as quase 400 páginas de Memórias para o Ano 2000 não foram escritas, efetivamente, para nostalgia própria ou alheia. Essa não nostalgia memorialista é a verdadeira singularidade deste livro que é livro de bordo, livro de contas (e também de algum ajuste delas), relatório de missão cumprida, troféu... Na sua minuciosa revisitação, menos pessoal que cultural, José-Augusto França (pessoa de reserva e pudor) é mais do que nunca fiel ao gosto do presente e ao seu mito assumido e exaltado como Modernidade. Moderno e crítico, leitor de Montesquieu, admirador do pouco complacente Stendhal (...), a aposta do autor foi a de tentar sair do nosso labirinto (nacional) percorrendo-lhe os desvãos.

 

EDUARDO LOURENÇO (“Jornal de Letras”, 2001)

 

 

 

Catálogo

                                                                 

    Obras publicadas

(1949 - 2003)

 

Obras colectivas

(1957 - 2003)

 

Introduções e prefácios

(1963 - 2003)

 

Catálogos de exposições realizadas

(1951 - 2003)

 

Apresentação de exposições

(1951 - 2003)

 

Revistas dirigidas

(1951 - 1996)

 

Jornais e revistas colaborados e entrevistas

(1937 - 2003)

 

Cartazes de exposições realizadas

(1973 - 1998)

 

Carreira universitária e académica

(1963 - 1992)

 

Condecorações nacionais e estrangeiras

 (1978 - 1992)

 

Iconografia

 Azevedo (1949), Lemos (1950), Valadas Coriel (1952),

 Dacosta (1956), N. Skapinakis (1970),  Cutileiro (1972),

 Guimarães (1973), Homem Cardoso (2002).

 

Para o período 1937-1992 ver catálogo (c. 3400 entradas) da EXPOSIÇÃO DA DOAÇÃO DE ARQUIVOS (...) e OBRAS PUBLICADAS Dep. Documentação e Pesquisa – C.A.M. – Fundação Gulbenkian – Novembro de 1992.

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