Carlos Alberto Duarte da Silva Moura

Carlos Alberto Duarte da Silva Moura nasceu em 1940, em Lisboa.

Licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto Superior Técnico. Em 1969, exerceu a profissão até 1989, ano a partir do qual passou a dedicar-se exclusivamente à literatura e à pintura. É autor do que o próprio designa de uma "metaficção" - A Sala -, onde Maria Lúcia Lepecki (JL de 12.1.1993) identificou, pela "depuração quase absoluta da linguagem, disciplina quase monástica do discurso", o rastro "mais evidente" da escrita de Carlos de Oliveira e, "por uma vaga atmosfera que de quando em vez pesa", "um certo negrume que envolve, aqui e ali, certos momentos de revisitação", a presença "mais subtil" de Raul Brandão; e onde, nas palavras de Manuel Frias Martins (JL de 16.3.1993), "o impulso artístico dominante que lhe está subjacente pertence menos à ordem literária metaficcional e mais à ordem artística puramente experimental em que a vitalidade da fabulação dá lugar a uma desesperada reorganização formal dos sinais da nossa cultura".

Colaborou com texto e/ou pinturas nos projectos interdisciplinares, por cuja concepção foi responsável, Autografias (1988), Incurso (1991), O Começo das Águas (1997) e Fulgor do Nada (1999).

Realizou várias exposições individuais e colectivas de pintura. O seu estilo caracteriza-se, sobretudo, por um uso livre da imagem e da forma com uma especial preocupação com a cor.

Carlos Moura

Insónia de Hilbert

Óleo sobre papel colado em tela

Oil on paper glued on canvas

695 mm x 500 mm

1997

Fonte da imagem do artista: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/cultura/2020/12/772340-em-seu-atelier.html