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António Costa Pinheiro

António Costa Pinheiro nasceu em Moura a 6 de Janeiro de 1932. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio.

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António Costa Pinheiro nasceu em Moura a 6 de Janeiro de 1932.

Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Começou por trabalhar com ilustração, em 1955, mas logo se virou para a pintura e faz a sua primeira exposição individual em 1956, na Galeria Pórtico. Um ano depois, com René Bertholo, Lourdes de Castro e Gonçalo Duarte partiu para Munique, onde organizavam exposições, em conjunto, na Galeria 17 e Internationales Haus, Munique. Ganhou a Bolsa do Ministério da Cultura da Baviera.

Na Academia de Belas Artes de Munique foi aluno do pintor Geitlinger e estudou gravura com o Mestre Thiermann. Em 1960 foi-lhe atribuída a bolsa da Fundação Gulbenkian e partiu para Paris.

Em Paris criou com Bertholo, Lourdes Castro, Christo, Jan Voss, o grupo KWY, contra as ortodoxias em voga na década de 60. De volta a Portugal, foi preso político, mas durante o período em que esteve encarcerado em Caxias (1962-1963), H. Reishaus organiza-lhe uma exposição individual no Kunstkabinett Ulrich, em Krefeld e outra, em conjunto, no Studio; e mais uma outra no Museu de Remscheid-Hasten, Alemanha Federal.

Já livre, regressou a Munique. Em 1966, recebeu o Prémio Burda de Pintura na Haus der Kunst, Munique e é estreado um filme de Anka Kirchner para a televisão da Baviera - “Porträt Costa Pinheiro” – sobre a sua arte. Nesse ano, iniciou a série “Os Reis”, a mais emblemática, à qual se seguem: ”Citymobil” (1967-1975), “O poeta Fernando Pessoa” (F. Gulbenkian, 1978-1981), “La fenêtre de ma tête” (1983-1989) e “Os Navegadores” (2003 – Grande Prémio Amadeo de Sousa Cardoso), dão-nos no seu conjunto uma preciosa informação sobre o percurso criativo de António Costa Pinheiro.

É autor de várias obras literárias como “Imagination & Ironie” publicada graças ao Prémio da Fundação E. Reuter (Projecto Citymobil); e dedica-se a várias disciplinas artísticas como a cenografia (décors e máscaras para o teatro-musical “Alter-Action-Antonin Artaud”, na Haus der Kunst, Munique, 1967), a ilustração, e a multimédia:o Projecto do “Le Livre-Fou-Faux” envolvia  teoria, ficção, crítica, imagem gráfica, fotografia, projectos, etc.

São-lhe atribuídos inúmeros galardões como, para além dos já mencionados: Prémio de Pintura (Förderpreis) da Cidade de Munique e Prémio de Pintura B.P.A. - Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa, em 1967; Menção Honrosa do Prémio da Crítica, Lisboa, em 1969; Prémio de Gravura da “Intergrafik 80”, Berlim, R.D.A. e Prémio de Gravura da II Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira, em 1980; e Prémio Nacional de Pintura AICA/SEC, Lisboa, em 1982.

Uma parte significativa da sua obra está na posse de Instituições nacionais, estrangeiras e de coleccionadores privados, patente também no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

 

Costa Pinheiro

Fernando Pessoa ele mesmo, Realidades Contraditórias

Prémio AICA-MC, 1981

Lápis de cor e grafite sobre papel

Coloured pencils and grafite on paper

538 mm x 762 mm

1978

 

 

 

Fonte da imagem do artista: https://www.pinterest.pt/pin/morreu-o-pintor-portugus-antnio-costa-pinheiro--689965605398279763/