Ângelo de Sousa

Ângelo de Sousa nasceu em 1938, na cidade de Lourenço Marques.

Em 1955 foi para o Porto, onde completou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes em 1962. Frequentou a Slade School of Art e a St. Martin’s School of Art, ambas em Londres, graças a bolsas da Fundação Gulbenkian e do British Council. Desenvolveu uma polivalência de actividades: pintura, desenho, gravura, fotografia, cenografia, cinema e escultura.

Em 1959, teve a sua primeira exposição individual na Galeria Divulgação e fundou, juntamente com outros artistas, a Cooperativa Árvore, no Porto. Fez parte do grupo “Os Quatro Vintes” com Jorge Pinheiro, José Rodrigues e Armando Alves. Numa primeira fase, a sua pintura associou-se ao movimento português da Nova-Figuração” dos anos 60, e representou temas diversos como naturezas-mortas, figuras humanas, cavalos, etc. Contudo, caminhou para a abstracção de forte impacto visual, expressa em filamentos lineares e pela junção de manchas de cores vivas em amplas telas brancas.

Em meados dos anos 60, começou a dedicar-se à escultura trabalhando com chapas de acrílico, ferro e aço que moldou em ondas. De seguida, passou para a criação de formas móveis em tiras de aço. No final dessa década, virou-se para o desenho recorrendo a composições elaboradas com signos visuais: cruzes, círculos e espirais.

Em 1970, ganhou o prémio da Bienal de jovens, em Famalicão, com trabalhos que se aproximam da arte minimal que passaram a dominar o seu estilo. O monocromismo passa a ser uma constante e atinge a maturidade em 1975, quando recebeu o prémio da Bienal de S. Paulo. Em 1986, foi granjeado com um prémio atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, na III Exposição de Artes Plásticas.

Ângelo de Sousa

Sem título

Lápis de cera sobre papel

Wax crayon on paper

635 mm x 438 mm

1965

Fonte da imagem do artista: https://observador.pt/especiais/chegou-a-paris-a-revelacao-de-angelo-de-sousa/